Importante:

Importante: Este blog é propriedade intelectual do Rancho Folclórico e Etnográfico do Zagalho e Vale do Conde. A reprodução de qualquer conteúdo publicado sem as devidas referências é considerada plágio.

Localização

Zagalho e Vale do Conde são duas povoações vizinhas, pertencentes à freguesia de Friúmes, concelho de Penacova. Ficam situadas na vertente norte da Serra da Atalhada. As duas povoações distam cerca de 11 km da sede do concelho e cerca de 30 km de Coimbra, seu distrito. Têm bons acessos à IP3 e à EN17.
 
 

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Linho - Uma Arte Ancestral

Em tempos passados, o cultivo do linho era uma das principais actividades das gentes desta região. Era com esta planta que os nossos antepassados faziam lindas e valiosas peças de roupa, que ainda hoje existem guardadas. Para tal, o linho passava por várias etapas de transformação desde a sementeira até ao produto final, ou seja, o tecido, nas quais eram utilizados vários utensílios. As imagens seguintes retratam o conjunto de utensílios utilizados neste processo e foram, todos eles, recolhidos pelo Rancho F. E. Zagalho e Vale do Conde. Estão expostos no seu museu etnográfico e, alguns, são apresentados nas actuações do grupo.

1. Rapigo – era com este utensílio que se separava a caroça do linho. A caroça é uma espécie de cápsula que contém a linhaça (semente do linho).





2. Maça – maçar o linho tinha como objectivo partir o caule do linho de forma a separar a parte lenhosa da fibra. O linho era colocado em cima de uma pedra e era pisado com o maço.




3. Grama – servia para tornar o linho mais maleável.





4. Tasquinha – era utilizada para separar o linho das arestas, ou seja, do que já não aproveitado.





5. Cedeiro – utilizava-se para separar o linho da estopa. Esta era aproveitada para fazer outras peças de menor valor.






6. Roca e fuso – a roca tinha como objectivo transformar o linho em fio que, ao ser enrolado no fuso, dava origem às maçaroca.





7. Sarilho – aqui as maçarocas eram desenroladas para formarem as meadas. Doze maçarocas formavam uma meada.





8. Caldeirão – as meadas eram aqui colocadas com água a ferver, sabão e cinza para serem cozidas e branqueadas.






9. Barreleiro – Depois de cozidas, as meadas eram colocadas no barreleiro e, com um cabaço, eram aguadas até sair a cinza e ficarem completamente brancas. A este procedimento chama-se "dar a barrela" e era repetido tantas vezes quantas as que fossem necessárias para que as meadas ficassem totalmente brancas. Depois de dada a barrela, as meadas eram estendidas ao sol até secarem bem.





10. Dobadoira – já depois de secas, as meadas eram transformadas em novelos neste utensílio.






11. Caneleiros – com este utensílio enchiam-se as canelas, que íam posteriormente para o tear.






12. Tear – era com este instrumento que terminava todo o processo de transformação do linho e se obtinha o produto final, isto é, o tecido. O linho era utilizado para fazer peças mais valiosas, como toalhas e camisas, enquanto a estopa servia para peças de menor valor, como cobertas ou sacos.

Trajes

O nosso concelho possui um conjunto de trajes muito característicos ligados aos trabalhos rurais e às festas religiosas e profanas. Alguns trajes:

Noivos (noiva de capoteira)


Noivos (noiva de xaile)


 Namorados


Traje de Romaria


Traje de ir Pagar a Décima


Traje Domingueiro


Traje de Ir à Missa


Traje de ir à Missa


Traje de Ir à Feira


Traje de ir à feira


Barqueiro da Barca Serrana


Barqueiro da Barca do Concelho


Serrador


Traje de Marchante e sua Mulher


Trabalhadores da Eira


Trabalhadores da Eira


   Crianças


Crianças


Mulheres trabalhando o linho

Tocata

Em sintonia com a vivência desta região, a tocata é constituída por: violino, bandolim português, violas simples, cavaquinho, ferrinhos, reco-reco e bombo. Os intrumentos são essencialmente de cordas.